(...) aquela de juntar as palavras com seus
sentidos causando encanto, e a minha arte aquela de falar com as letras de
papel, eternas como o papel de enrolar pão, hoje o dia foi difícil, me senti
sem poderes, não voei, não salvei ninguém, não fritei ovos de manhã com
"laser" dos meus olhos... o dia passou, a noite chegou, continuo na
mesma, sem inspiração alguma, infeliz, sozinho, sóbrio e o pior de tudo... você
sequer se importa, a morte é lenta demais para seu perceber... saber de sua
paixão, foi o cortar das minhas tranças. Mas meu segredo com Deus ainda guardo,
teu santo nome.
(Friedrich Rimbaud/Faber Rodrigues)
por Gelson Bessa:.
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