Como te cortaram, ó arvore,
Como estás estranha e singular!
Quantas mil vezes sofrestes,
Até ficares só teimosia e vontade!
Sou como tu, não me aniquila
A vida podada e torturada,
E diariamente do barbarismo sofrido
Meu rosto se banha na luz.
O que em mim era doce e terno
Morreu no escárnio do mundo,
Mas indestrutível é o meu ser,
Estou contente, reconciliado,
Pacientemente produzo novas folhas
Em galhos cem vezes lascados,
E desafiando toda dor, continuo
Apaixonado por esse mundo louco.
(Hermann
Hesse)
por Gelson Bessa:.
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