terça-feira, 31 de março de 2015

(*) 1ma breve e-storia da música


Transformaram o chorinho em samba, com vocal venderia
Depois levaram o samba de Noel e Vadico a pagode
E essa bossa de música produziram foi de ruma
Ainda bem que teve uma descarga de Rock

Nessa linha do tempo louca da música brasileira
Transformaram os nossos ouvidos em "pinico"
Sabendo ou sem saber se é funk ou MPB
Não estão nem aí, é só gravar e vender 

É o tal jabá que faz da música uma cachorrada só, coisa de pitbull
E quem poderá salvar a "MPB-Universal"? O Chapolim Colorado?
Não. O MinC... Sertanejo depois do "enem" virou universitário nas
Faculdades politicamente corretas, onde funk é tese de mestrado.

Se ré-baixando MP3, click-gadas no youtube que não cabe nos CD's
Querida cheguei, tô na música jurássica, quero ouvir Dino 7 cordas 
Freud Flintstone me explique, Seu Beethoven escute minha agonia
Pelo amor de Deus, não nos deixe esquecer a 9ª Sinfonia. Amém!

Gelson Bessa:.
(Depois de 1 papo com meu sobrinho Lucas e a Loren, meu bem)
(E uma das muitas idas a Livraria Cultura pra comprar discos)

poesia vaga


Não tem forma
Nem rima
Do pó se forma
O poeta
E se transforma
Em agonia
Formada e lida
Transformada em vida
Sol quente
Noite fria
Vento forte
Viram páginas
Levam dias
Sopra o espírito
Voa o pó
Poeta em corpo
Vaga a alma
Poesia.

Gelson Bessa:.
(p/ Mário Gomes, 1/1/15)

O que é um poeta, o que seria a poesia?


Certo dia apressado por um mendigo eu passaria.
Era só mais um mendigo pra lista do desprezaria.
Eu sabia quem eu era naquele dia, ou não sabia?
Eita, não me lembro nem mesmo pra onde eu ia.

Nessa vida de agonia do nosso dia a dia...
Quem somos e pra onde vamos nessa correria?
Aquele mendigo era o único que sabia: 
Qual era o dia, quem ele era e o que seria.

Se mendigos fôssemos o tempo pararia...
E não julgaria o que alguém já foi um dia.
Nem perguntaria:
O que é um poeta, o que seria a poesia?

Era um dia
Era um homem
Era um mendigo
Era um poeta...
Era poesia.

Gelson Bessa:. 
(*)

Olhei o sol.
Me irritei.
E larguei a mão na cara dele.
No qual ele ficou 
desacordado por 12 horas ininterruptas.
Dei um ponta-pé nos ovos da terra.
Afastei São Jorge 
e mantive relações sexuais com a lua.
Pisoteei o cadáver de satanás.
Numa esquina encontrei com Deus 
E saímos abraçados: rindo e cantando... chovia.


(Mário Gomes)

AM-or 10/8.2


Fora do ar, sem som, sem sinal... sintonia
Rádio pirata, interferências não pegaria
Não iria pro ar, no mar, guarderia
Ondas sonoras, ruídos, maresia
Altos falantes, cheio de areia-chiaria
Vento forte, ouvidos fechados, mas você falaria
Jamais escutara dessa forma ou com gravidade sentiria
O tom das notas graves das suas cordas vocais, harmonia
Eu não merecia, mas conta do corpo tomaria
Slaps no peito, coração vibraria
Tapping na alma, me arrebataria
Fá-lando baixo, te ouvia
Mi (E)scolheu e me conquistaria
Lá (A)paixonada ficou e me apaixonaria
Ré (D)escobriu o amor e me amaria
Sol (G)elson, Lua Loren nasceria
Sem ensaio nenhum, duas bandas, uma só melodia
Nossos corpos, instrumentos, canção de amor, alegria.


Gelson Bessa:.

Meu coração Ateu "É-teu", Brasileiramente "minha" linda...


O meu coração ateu quase não acredita no amor como pregam
Gosto e flerto com o tipo de amor que bate forte como o coração
Bate e nos faz desmoronar diante da paixão nossa de cada dia

O amor que é preciso ser construído, constru-são rasos demais
Experimentar ao invés de somente constru-ir... E também desmontar
O quebra-cabeça do suposto único modo de amar e só alicerçar

O amor somente é tão banal, busco a paixão fundamental,
Edípica e vulgar, de inventar o próprio ser e não construí-lo no outro
Se movimentar, jogar, montar, desmontar... 1manamente a-mar.


Oh! senhora dona Loren, coberta de ouro e prata:
Descubra seu corpo-rosto, pois eu quero ver-lhe a alma
Minha estrela camponesa, vênus-nuvem-nua-lua-nova, anjo fêmea

Beija-me, como se eu fosse um homem livre... Beija-me
Como um gesto primitivo, do amor humano, animal, substantivo...

Do amor humano, de mulher, brasileira... lindamente brasileira.

Gelson Bessa:.