segunda-feira, 19 de dezembro de 2016

ok?!

Para Parecer Feliz Para
Para Ser Feliz Parecer Para
Pare de Parecer Feliz Para Ser
Para Ser Pare de a-Parecer
Para Ser Feliz não Pare.


Gelson Bessa:.

Conversando Água...

(...)
Água que vaza e arrasa, mandando embora, alagando, afogando,
levando a vida, molhando os pés, arrastando móveis e destruindo 
os castelos de areia, misturando-se com outra, que sai dos olhos, 
escorrendo no rosto, desestruturando o ser, encharcando o chão...
É a mesma água que nos limpa e nos batiza para o início da vida.

Água que traz angustia, desespero, nos levando alguns bens...  
É a mesma água que nos mata a sede, leva o sujo, lava o corpo.
Água que tem a força dos deuses... Fonte da existência na terra.
Água de chuva que traz o verde... Esperança de uma vida inteira.
Água que conduz o barco da vida, leva para longe e traz de volta.

(*)


Água que me fez voltar... Rega o chão do interior do meu interior.
Preciso de calma, um gole d’água... De paz, um banho demorado.
Preciso de ar, A-mar... Pescar, nadar e nada fazer, só contemplar.
Que a água me seja leve... Quero um dia de sol num copo d’água.
Que a água não me seja breve... Dizem que um dia ela vai acabar.


Gelson Bessa:.

domingo, 18 de dezembro de 2016

Tocador... [tocArte]

Se o violão chorar algum dia 
É preciso lembrar que a semana não acabou...
São sete dias.
Se o violão chorar as dores de uma vida
É preciso lembrar que a lida não acabou...
  São sete vidas.
Se o violão chorar com gravidade
É preciso lembrar que não é só baixaria...
São sete cordas.
É preciso lembrar...
São sete vidas, sete cordas.

Se o violão chorar...
Som batendo no peito, coração na mão.
É preciso lembrar do abraço dos amigos:
Bandolim,
Piano,
Pandeiro,
Flauta,
Cavaquinho.
E o som continuará nos passos e compassos da vida.
Nos braços e abraços da música, instrumentos amigos.
É preciso lembrar...
São sete vidas, sete cordas nas mãos.

Se o violão chorar
É preciso lembrar...
Que melhor que choro é chorinho.
E que um tocador nunca estará sozinho...
O violão tem amigos:
Bandolim,
Piano,
Pandeiro,
Flauta,
Cavaquinho.

Se o violão chorar
Sente numa mesa de bar, tenha calma
Pede uma bebida, um petisco
Invada a noite, madrugada, outro dia
A lida só se inicia.
E quando o violão voltar a chorar
É preciso lembrar...
São sete vidas, sete cordas.
Coração bate no peito, sete cordas na mão.
É preciso lembrar...
A música só se inicia.
E um tocador nunca estará sozinho, amigão.

(*)
Tocador... [tocArte] outras vidas, é teu dom, tua lida.
Segue tocando a tua vida, toca-legria, toca-dor...
Sem esquecer que melhor que choro é chorinho.
Quando o teu violão {sete cordas} chorar...
É preciso lembrar que tu tens amigos todo dia...
Bandolim, 
Piano, 
Pandeiro, 
Flauta,
Violino,
Cavaco,
Poesia.


Gelson Bessa:.

25 anos de Sonho, de Arte e de América do Sul...

(...)
Escolheu passar a maior parte dos seus anos perto dos pássaros, do que desejando voar.

E não gosta de voar, tem medo de avião, como o genial Belchior numa canção, se é que cabe a comparação.

Não é fã de certos perigos da modernidade ou pós, não move uma pena por tais pensamentos, filosofias ou formas de vida. Nem muito menos despertou a tal mania de ser o que o não se é, ou a louca vontade humana de voar pra só então se sentir livre. Gosta do chão, da força da gravidade firmando seus pés no chão da vida. E se corre riscos é de carrão com destino ao interior do seu interior. E se sente o vento em suas asas de passarinho urbano é quando anda voado de motocicleta rumo ao litoral.

Sua cabeça é diferente da minha, seus pensamentos são outros, sua vida é na minha o complemento do que falta. Suas mãos me tocam a pele, sua voz e fala acalma, seus conselhos e forma de olhar as coisas chegam a alma, faz esquecer angústias, consola o choro, tranquiliza a mente.

É meu irmão mais novo, com idade de homem-menino, mas com alma de menino-homem. É um ser cheio de graça, até mesmo quando aperto suas mãos sujas de graxa, mãos de um filho da graça de Deus, do seu Raimundo e Dona Mazé, de cabeça inteligente, de gênio forte, artista inquieto na tarefa de criar, inventar, montar, desmontar, montar novamente as coisas na vida e as coisas da vida pra ele e pra quem estiver em sua volta, observando, respeitando, transformando.

Quase tudo que tenho em casa foi ele que fez, construiu, deu forma, tornou único. Entende meus quadros e traumas com furos em paredes. E sabedor de tantos outros, ao conversamos não me diz coisas óbvias demais, verdades óbvias que nada mudam, prefere escrever na areia a falar o óbvio, com suas mãos marcadas pelo trabalho diário, encontra solução pra quase tudo com sua arte, mostrando que é possível sonhar sem pirar, continuar vivendo nessa terra de gigantes, ouvindo o canto dos pássaros, sem querer ser maior, ou melhor, sem perder a identidade, imagem e semelhança do Pai.

(*) 
Por força deste destino um som do Amado Batista vai bem melhor que um Blues. (Rsrs...)

Meu maninho, parabéns!

Feliz-Idades muitas...

Te Amo!


Para Gerson Bessa:.
Por Gelson Bessa:.
15/Dezembro/16.

segunda-feira, 26 de setembro de 2016

{se o violão flautasse}

Se o violão flautasse...
Seria baixo o teu som em alto e bom tom. 
5 ou 6 peças na primeira apresentação tocaria.
7 cordas na mão, sempre faz bater forte o coração.
Nas veias corre música à Bessa, sei e já sabia.
Batidas no peito, coração dispara, parece magia.
Dedilhados, frases, sorrisos de alegria.

Se o violão flautasse...
Pensaria na falta que faz a flauta numa canção.
Entenderia somente da flauta a tua falta nos dias de cão.
E não negaria nenhum encontro, papo, aquele velho abração.
Os dias são difíceis às vezes meu amigão, mas ainda tenho alma.
 E na tua arte guardo a minha fé, encontro paz, sinto emoção.
Às vezes sou solidão e fico com saudades da tua mansidão e calmaria.
Imagem e semelhança, um dom de Deus, minha gratidão...
Por tua vida, elegância, genialidade, paciência e parceria.

Se o violão flautasse... Como seria?
 Se o violão flautasse... O que aconteceria?
Se o violão flautasse... O que tu faria?
Se o teu violão flautasse...
Sopraria poesia.


 (*)
Te amo, cara!
E já faz um tempão!

(**)
Venha aqui em casa sempre que quiser.
E sem avisar... Tu moras aqui.


para Lucas Bessa... 
O meu amigão.

Gelson Bessa:.

domingo, 25 de setembro de 2016

Sonho...

{Como vai, meu garoto?}

Ando driblando a morte, lendo livros, escutando discos.
Conversando com pessoas, caminhando meu caminho.
Vou me casar em breve e terei um filho, meu velho.
Ele será o meu garoto filho, teu garoto neto.
Cordas do meu coração, o meu amigão.
Ando com saudades muitas, Pai.
Sonho... E penso com o meu coração.
Lembro sempre das tardes que passamos juntos.
Às vezes grito em silêncio querendo a tua proteção.
Desejando te encontrar, abraçar e sentir teu cheiro.
Aquele cheiro meu... Com barba no cangote.
Ando contando os dias para ter o meu garoto filho.
E todos saberão que ele é o teu garoto neto, meu velho.

{Vou indo...}

(...)
Com Deus e Nossa Senhora.

(*)
Nós seremos teus garotos.



Gelson Bessa:.

terça-feira, 6 de setembro de 2016

Loucura, não?

(teste 1)

Conversar com pessoas que não vemos é loucura?
Uma pessoa que faz isso só pode ser louca, não?
Estou te vendo agora? E tu?
Loucura, não?

(teste 2) 

R$ 100,00 (é o valor necessário pra pagar uma conta)
Alguém quer emprestar R$ 50,00 (rejeita-se, pois não atende)
Loucura, não?

Gelson Bessa:..

Cabelos...

Cabelos longos avermelhados, alaranjados, amarelados...
Como chamas de fogo ardendo em brasas de fogueira,
crescendo embaixo da árvore que atende os pedidos.
Os meus pedidos, os teus, os nossos muitos pedidos.
Pedir mais palavras, mais tempo e mais vida, mais mar,
mais cor e mais ar para respirar, mais lar, somar, só amar,
soprar, cabelos ao vento, abraçar, dançar e alegria inventar.

(*)
Tuas cores, tantas vidas... Pessoa, pássaro, poesia.

(por causa da Loren... E p/ HH)

Gelson Bessa:.

desArtes

Eu faço linhas e quadros... Ela pinta e borda.
Ela desenha e desdesenha... Eu escrevo.
 Eu sou um desastre... Ela é uma artista.
 Ela faz Artes... Eu faço desArtes.


Gelson Bessa:.

(*)
Perdão pela merda que fiz no jarro de barro.

terça-feira, 30 de agosto de 2016

Subindo... Descendo...

Nós estamos sempre querendo subir,
escalando, subindo, desejando subir mais.
Isso não é ruim, desde que não seja perdido o prazer de descer.
Ensinam-nos a subir sempre e que não se pode descer.
Esquecem que subir é correr riscos de cair,
que subir pode ser o que nos faz ter esforço na vida,
mas principalmente pelo fato de descer,
algo natural no exercício de viver.

Montanhas.
Prédios.
Escolaridade.
Profissão.
Carreira...

Subindo... Subir pra onde?
Descendo... Descer por quê?

Gelson Bessa:.

Queda's

Durmo e sonho que estou caindo.
Acordo e sinto que estou caindo.
Ando e temo que esteja caindo.
Sento e leio que estou caindo.
Escrevo que estou caindo.
Percebo que estou sempre caindo.
Penso na infância e lembro minhas quedas.
Elas me fizeram aprender a andar.
Penso na adolescência e lá estou caindo.
Elas me fizeram crescer.
Penso no homem adulto e lá estou caindo.
Elas me fazem sentir dores no corpo e na alma.
Vejo o futuro repetir o passado de quedas.
Sinto que quando mais velho também estarei caindo.
E ao morrer cairei pra cima.

(*)
Lembro-me de ver você caindo,
 pegar tua mão e te ajudar a levantar.

(**)
Lembro-me de cairmos juntos da bicicleta,
pegar tua mão e sentir tua força ao me levantar.

(***)
Quando era criança, ao cair, tinha a minha mãe pra me segurar.
Quando jovem, tinha o meu pai pra me ajudar a levantar.
Quando adulto, desejo sempre ter uma mulher.
Quando já velho, terei a minha mulher.
Quando eterno, ainda terei Fé.


Gelson Bessa:.

N'outro tempo

Buzinaços entram pelo ouvido,
ar poluído pelo nariz,
fumaça tóxica pela boca.
Sinto falta da força do teu abraço...
E do sustento do teu ombro.
Ficar em silêncio até gritar.
Compartilhar as dores, as raivas, os erros.
Falar de sentimentos, sem interrogação...
Até saber o que fazer com cada coisa.

O tempo não passa, ainda são dez pra seis.
O coração bate mais rápido que o ponteiro do relógio.
Busco os livros, sentar pra ler, sentir pra escrever.
Não consigo pensar em outra coisa.
Estou inerte ao som de Procol Harum, canções de poeta.
Nietzsche está morto, mas nós ainda temos a mesma idade.
E quem sabe Deus...  N'outro tempo.


Gelson Bessa:.

Memórias

Bem sei que o mundo real só trará ameaças.
Por isso sou grato, sou muito grato por coisas surreais.
Sou grato pela segurança dos conselhos de minha Mãe.
Sou grato pela segurança dos conselhos de meu Pai.
Pelas histórias e estórias do meu Pai e de minha Mãe.
Pela segurança dos causos de trancoso do meu avô.
Pelas cabanas e casas imaginárias que já tive.
Pelo futebol no fundo do quintal com meu irmão caçula.
Pelo capitão de feijão herói do almoço.
Pelos sonhos de eterna-idade com os meus.
Sou grato pelas manobras de skate na adolescência.
Pelo Rock'n Roll, pelo som do baixo que não toquei.
Pela antiga máquina de escrever, pelos quadrinhos.
Pela eterna-idade com a mulher amada.
Pelos filhos que não chegaram ainda.
Pelos amigos que tive e que tenho ou que ainda vou ter.
Pelo baião rei do almoço, ontem e hoje.
Pelas brincadeiras que repetirei em busca da eterna-idade.
Pela eterna-idade do meu coração e mente.
Pela segurança do mundo dos sonhos.
Pela incrível magia da leitura.
Pela música, pela poesia.
Pelas composições do Belchior.
Pelo sono que me bateu.
Pelos sonhos que tenho ou que vou ter.
Pela Palavra.
Até amanhã...
E se Deus quiser eu volto pra dizer:
 “É possível ter segurança no curto sonho da vida.”
(...)
E pra agradecer novamente pelas minhas memórias.

Gelson Bessa:.

Frio...

Frio...
Minha Mãe, meu Pai.
Frio...
Meus Irmãos.
Frio...
O Vento.
Frio...
O Corpo.
Frio...
Silêncio.
Frio...
Solidão.


Gelson Bessa:.