Ela me fez perceber o valor da minha escrita, do homem que sou.
Ao conversarmos percebia que ela ficava e se
sentia à vontade.
Podíamos passar horas conversando, sentados,
sem pressa.
Ela tinha atitudes tranquilas e o silêncio
não era seu signo de fé.
Ficava atenta a minha fala e fazia uma
expressão singular no rosto.
Quando se levantava seus cabelos se espreguiçavam nos
ombros.
Ao sair ela sorria lindamente e tinha um
balanço sensual no andar.
Levava o corpo da minha presença, e eu
desejava que retornasse.
A espera despertava mais paixão pela escrita,
daquelas sem cura.
Quando ela retornava conversávamos mais e
mais...
Emendávamos assuntos, misturávamos temas.
Ela tinha o olhar atento, sem ar
interrogativo.
Ficava feliz com a companhia e a luz do sorriso dela.
Me enchia de alegria a proximidade de
nossas almas.
Éramos duas pessoas leves, como se fôssemos
livres.
Gelson Bessa:.
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