O corpo ainda na cama, a mente flertando com o passado.
O sol invadindo, rabiscando a parede com traços negros de luz.
Olho para o lado e me perco nos pensamentos ou sonhos, não sei.
A sombra negra na parede, o poema clássico de ontem... E hoje.
A conversa com um pássaro preto 'blackbird', sem palavras.
Assum preto, canção ardendo no peito.
Assum preto, canção ardendo no peito.
Rápida-mente pensa escutando a canção do Belchior:
“O passado é uma roupa que não nos serve mais...”
Pergunto ao passarinho: blackbird, o que se faz?
Blackbird me responde: tudo já ficou pra trás.
Insistentemente pergunto ao pássaro preto.
Ele responde: o passado nunca mais.
{...} "Haven never, haven never... never haven" {!}
Como Poe poeta louco americano...
Sinto que o blackbird não dirá outra coisa.
Mas eu não posso deixar de dizer, meu amigo:
"Que uma nova mudança em breve vai acontecer"
Olho para o outro lado... Um silêncio amplo e calado.
São dez pras seis, levanto e quebro o silêncio com poesia.
(...)
É loucura de quem leu e releu o grande clássico: O Corvo.
É pra quem acorda ouvindo Belchior, Beatles e Gonzagão.
É a eterna lacuna que existe entre o passado e o presente.
É carnaval... Pra quem escreve com Velha Roupa Colorida.
É presente e a mente... O corpo é diferente... E o passado?
Gelson Bessa:.
"O Corvo", Edgar Allan Poe.
"Blackbird", Lennon-McCartney.
"Assum Preto", Gonzaga-Teixeira.
"Velha Roupa Colorida", do Belchior.
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