Saudade
do gargarejar do galo, do seu canto imperoso e absoluto
Do
cheiro do curral, do galopar empolgante dos cavalos
Do
aroma das flores do campo, das sensações agradáveis
Das
paisagens tão belas esculpidas pela natureza
Das
cachoeiras, das quedas d’água e dos rios límpidos
Saudade
do silêncio do interior, tranquilizando a alma
Da
pouca iluminação pra poder contemplar as estrelas
Do
poder perder a conta tentando contá-las
Das
brincadeiras de infância, das peripécias pueris
De
comer frutas direto da árvore, sabor especial
Saudade
de observar os agricultores com suas vidas diárias
De
ouvir os gritos do padeiro na rua vendendo o nosso pão de cada dia
De
ir com meu pai no parque da praça principal
E
depois já cansado de brincar tomar um sorvete em sua companhia
De
ir ao sítio no domingo, almoçar com toda família reunida
Dos
encontros familiares, verdadeira festa para mim e para os primos
Saudade
de tomar banho de açude com os amigos
Dos
duelos pra saber quem chegaria à outra margem nadando
Do
nosso joguinho de futebol que nos fazia se sentir grandes craques
De
ouvir histórias macabras que muitas vezes me deixavam sem dormir
De
receber o abraço carinhoso de minha mãe ao chegar do colégio
E
de esperar a noite ansiosamente para brincar com os amigos
Saudade
de ser criança e do meu interior
Que levo comigo em recordações inesquecíveis
Momentos
bastante agradáveis que me fizeram descobrir
Que a saudade
é um sentimento que nos faz reviver
Ainda
que sejam na memória, momentos eternos.
Texto: Edvan Chaves (1mano amigo meu).
Pintura:
“Galo”, Emile Tuchband.
por Gelson Bessa:.
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