No lugar onde vivi ainda tem minhas marcas e
red(e)moinhos,
Campinhos de areia, mas eu não faço mais
nenhum golaço.
No lugar onde vivi ainda tem mata fechada e
passarinhos,
Árvores verdes, mas eu não sinto o cheiro e
nem caço.
No lugar onde vivi ainda nasce macaxeira e
feijão.
E "donas de casa" ainda guardam
caçarola no prego,
Mas eu não como mais beiju de caco e nem
capitão.
Na cidade grande a vida é Fast-food com
coca-cola.
No lugar onde vivi ainda ciscam terras de
terreiros e quintais.
Não falo de galinhas, mas de senhoras com
vassoura de garrancho,
Teimosas iguais minha mãe, que fazia “Em
pleno sol do meio dia”,
E que disso não morreria, sempre dizia, por
isso vive muito mais.
No lugar onde vivi... No interior do meu interior
sinto saudade.
Dos galos madrugando, galinheiros, do burro e
cores da carroça.
Hoje pobre homem urbano que sou, só escuto
carros buzinando,
Barulho das sirenes e prefiro nem pensar
em zuada de motor.
No lugar onde vivi... O meu pai passou seus
últimos dias de vida.
E minha mãe ainda cuida de tudo, divinamente,
mesmo sozinha.
Hoje além de saudade, tenho vontade de
voltar, fazer uma visita,
Retornar ao meu interior e viver menino aos
cuidados de mainha.
(p/ Dona Mazé, mainha)
(*) Do Interior de...
Gelson Bessa:.
Gelson Bessa:.
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