Princesinha, eu não esqueço! A
felicidade é uma tarde contigo.
Contigo nos meus braços, feito bailarina no meu peito, é claro!
Contigo nos meus braços, feito bailarina no meu peito, é claro!
Assim tardeamos, andamos mundos sem
fim, por muitas léguas e papa-léguas, reais e imaginárias, entre o céu e a terra.
Visitamos o ‘vovô meu aVô’ e o ‘vovô meu Pai’, não tirei os olhos de tu, mas percebi que desviou os olhos de mim,
para cochilar na casa do vô Chico, enquanto ele sentado nos contava histórias.
E quando acordou, te vi olhando para o céu
azul dos olhos do vovô Crescêncio, te vi olhando, me vi olhando, toquei o céu,
segurei a barra, senti a barba, contemplei a vida, continuação da vida.
E como bateu forte o teu coraçãozinho no
meu peito, meu quintal.
Confesso que estava nervoso e fiquei bastante
emocionado.
Princesinha, de tão feliz contigo eu fiquei
bobo como um menino do mato, logo eu que virei um passarinho urbano, voltei ao
interior do meu interior, segurando-a nos braços, como um gesto primitivo e
humano, eu contemplo tua vida, brasileiramente linda Maria Cecília.
Maria, Maria Cecília, a minha sobrinha,
que bem antes de segurar no colo eu amei, na notícia, no nome e no puro som do coração.
Amo desde que fui teu cineasta, quando gravei
teu primeiro filme, foi só um curta, para que tu entenda que vivo entre o sonho e
o som.
Princesinha, a tua presença me fez lembrar
um tempo que havia galos, tardes e quintais, cheios de plantinhas da vovó, um
canteiro do teu pai, o irmão do teu tio, filhos do seu Crescêncio, o teu vovô.
E volto a lembrar do vovô, que em ti a
vida tem continuidade, no teu sangue, no teu ser, ao teu lado, no teu registro,
nas lembranças, no que tu herdas, na memória que carregamos e nas histórias sobre
ele e dele, que já contamos e nas outras que um dia ainda vamos contar.
Eu sou só gratidão!
Com samambaias e amor.
Entre flores de todos as cores:
De boa tarde, boa noite, bom dia!
Eu sou só gratidão!
Com samambaias e amor.
Entre flores de todos as cores:
De boa tarde, boa noite, bom dia!
E ali, eu bobão e tu soneca e bailarina.
A goiabeira com goiaba de vez em quando.
A bananeira com vários cachos e suas palhas.
A bananeira com vários cachos e suas palhas.
O capim santo e bendito seja o seu Nascimento.
A cidreira com seu cheiro saudável de
chá da tarde.
A acerola e suas frutinhas vermelhas no
rosto de mimo.
As espadas de são Jorge sempre em guarda vigiam o sono.
Os abacaxis do teu tio Anísio esperando de uma flor virar fruta.
As esperanças da tua Mãe no teu Pai, em Deus e nas graviolas.
Os Coqueirais.
O pé de Romã.
Pé de abacate.
Pé de dinheiro.
Pé de Cadeira.
Pé de mamão.
Os abacaxis do teu tio Anísio esperando de uma flor virar fruta.
As esperanças da tua Mãe no teu Pai, em Deus e nas graviolas.
Os Coqueirais.
O pé de Romã.
Pé de abacate.
Pé de dinheiro.
Pé de Cadeira.
Pé de mamão.
(*)
Amar é ter uma filha.
É ser tio...
(...)
E eu sou tio!!! O "tíetíe" da Cecília é essa figura magra, mas de charme com óculos de artista e tudo mais. Na ocasião tava liso, vestido de Beatles, calção de hibisco com chinelo de dedo. Cheio de barba, usando boné
cabeludo, com hálito de xilito, coberto de pele e palavras, apenas som e cheiro...
Anonimato, imagem, som e cheiro.
(**)
Princesinha, princesinha,
princesinha...
Penso que quando os teus pés pequeninos
o chão pisar, tu vai vir vindo ao vento, correndo ao meu encontro, para me
abraçar.
Será o teu coração no meu, tua voz doce me pedindo a benção.
Será o meu coração no teu, minha voz grave a
te abençoar.
Gelson, cor e cheiro à Bessa:.
(para) Maria Cecília, minha sobrinha.
(a nossa) "Princesinha, princesinha, princesinha"
(pela) memória do meu Paião, Sr. Crescêncio Bessa.
"O vovô a chamaria assim, não tenho nenhuma dúvida disso"
(para) Maria Cecília, minha sobrinha.
(a nossa) "Princesinha, princesinha, princesinha"
(pela) memória do meu Paião, Sr. Crescêncio Bessa.
"O vovô a chamaria assim, não tenho nenhuma dúvida disso"
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