sábado, 31 de agosto de 2019

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Saudade do ser que me falava de mãos limpas
Não somente de mãos limpas de caráter e honestidade
Mas de mãos limpas literais, dos toques pra vida em texto tátil
De dedos compridos nas teclas, na pele, de corpo e alma
Dos versos veementemente firmes, da suave poesia

Saudade do ser de boca nervosa, de papos e prosas
Dos muitos assuntos, de olhos fixos ouvidos, atenta visão
Das conversas sem fim, das palavras e do eco da voz
Dos delírios da mente fértil, das fantasias com coisas reais
Da calma no coração, do verbo na carne, do som da poesia

Saudade do ser de cuca sabida e repertórios vários
Do conduzir e deixar se levar sem se perder de si mesmo
Da inspiração, de ensinar e de aprender tudo outra vez
De aprender a sentir de novo, de voltar a escrever poesia
Do ser, do sentir saudade... Do ser, do viver poesia

(*)
Qualquer dia, eu volto a te (e a me) encontrar.

Gelson Bessa:.