quinta-feira, 23 de junho de 2016

Terra Mãe

Sonhei que estava diante de algo imensamente maior que eu.
Fazia movimentos de amor, rotação e translação.
Veio em minha direção, me abraçou e disse que me amava.
Aquele amor me acendeu um fogo infinito.
Era a minha mãe, era a terra.
Era a nossa mãe, era a terra.
Era a terra mãe, abraçando-me.
Renovando-me o ar da vida.
Para não apagar o fogo do amor.
Preciso dele, dela, nela, pra ela, a minha terra mãe.
Ela precisa do fogo do meu amor.
Eu preciso do sol, fogo infinito.

Gelson Bessa:.

sexta-feira, 17 de junho de 2016

Ensinar

“Ensinar é um vício, é se apaixonar dentro do amor.”

(Loreni Graebin, Diretora da Escola Indigena Francisco Kajero - RS)

Gelson Bessa:.

Professor(a) no Brasil...

(...) 
Precisa de especialização em guerra, brevê e Lattes.
 Arma de instrução em massa: um tanque de livros.


Gelson Bessa:.

Professor...

(...)
Aquele que é arrogante: Detentor de todo conhecimento.
Aquele que é inseguro: Morre de medo dos alunos.
Aquele que é lamuriante: Reclama de tudo o tempo todo.
Aquele que é ditador: Comandante, exigente demais, Caxias.
Aquele que é bonzinho: Bobão, o aluno manda e desmanda.
Aquele que é desorganizado: Sem noção do que fazer, enrolador.
Aquele que é oba-oba: Tudo é festa!
Aquele que é “tô fora”: Não participa de nada.
Aquele que é dez questões: Resume tudo em questões.
Aquele que é tiozinho: Conselheiro demais, alunos são sobrinhos.
Aquele que é livresco: Vamos para o próximo capítulo?
Aquele que é o que professa: Ensina uma ciência com-ciência.
Aquele que é artista: Faz com arte a sua arte de ensinar.
Aquele que é mestre: Graduado, especialista ou doutor.
Aquele que é estudante: Sempre, um eterno acadêmico.
Aquele que é educador: Educa com entusiasmo e paixão.
Aquele que é herói: Professor.

(*)
E aquele que escolheu se aposentar.

Gelson Bessa:.

quinta-feira, 16 de junho de 2016

Velhice

(*)
Diante da velhice percebo algo de sagrado.


Gelson Bessa:.

Som(do)Sul

As canções do 1berto Gessinger,
A gaita do Borghetti, o acordeom do Borges.
O bairrismo do Marenco, o milongamento do Bebeto Alves,
  O encanto sonoro do Nico Nicolaiewsky,
A pura magia da música de Gilberto Monteiro,
As 14 cordas de Yamandu Costa e Arthur Bonilla,
A poesia cantada de Jayme Caetano Braun, 
O Rock de Galpão no Estado das Coisas com os Fagundes
O punk messiânico e Replicante do Wander Wildner
O Duo Pouca Vogal = Cidadão Quem + Engenheiros
 Nós e Nenhum de Nós no Theatro São Pedro
A Vera Loca e o Alemão Ronaldo
A porrada sonora do Krisiun 
O Pampa Esquema Novo do Richard Serraria,
Os tambores do alabê Kako Xavier, 
O pop do Nei Lisboa, as letras de Kleiton e Kledir...

"Deu pra ti
Baixo astral
Vou pra Porto Alegre
Tchau!"

(*)
Som do Sul... In-Sul-Lar, no meu lar.

Gelson Bessa:.

[710]

(...)
São alguns metros quadrados de sossego,
Tem cerveja na geladeira, churrasco e chimarrão.
Tem muitos livros e quadrinhos nas estantes,
Discos raros e vinil na vitrola, uísque no bar.
Tem computador e uma máquina de escrever,
Poltrona, cama, quadros nas paredes.
Tem a companhia da mulher amada,
A chegada sem aviso da família,
Tem café e visita dos amigos,
O encanto das amigas gatas,
espiritualidade do gato,
E a presença diária do Belchior...
Entre o Sonho e o Som.

(*)
Em casa, perdendo tempo, ganhando vida.

Gelson Bessa:.

Belchior...

(...)
É a minha alma com bigode.

Gelson Bessa:.
"Arte com carvão vegetal", 
Gustavo Diógenes.

(*)
Belchior é um vocacionado, faz música por vocação.
É necessário se estabelecer a diferença entre o compositor e o poeta, mas no Belchior não há fronteiras, o poeta está presente.
Comprometido com o humanismo telúrico, com a dor, com o sofrimento, com a alegria. Belchior é um riacho que canta, é uma cachoeira, é uma fonte, é sonho... 
E é a realidade dramática do nordeste.


(Barros Pinho, poeta)

[grifo]


Leio pintando. Escrevo desenhando.

Gelson Bessa:.

segunda-feira, 13 de junho de 2016

Medo

A dor
A febre
O vento...
Chega!
O guarda chuva cai
A chuva cai
O frio
O medo...
Chega!
Tenho medo
Medo, medo, medo...
Medo Fortaleza, medo Ceará.

Gelson Bessa:.

{des}esperança

Sou Um Menino Mimado...
Sou Um Menino Mimado...
Sou Um Menino Mimado...
{...} Eu quero a minha mãe.

Gelson Bessa:.

bio(cali)grafia

Nariz do Pinóquio, traços rudes, veemência na voz.
Tudo é claro, lógico, hermético...
Cabeça elétrica, coração acústico.
Nordestino por nascimento, gaúcho por adoração.
Fabricante de recordações.
Não sabe desenhar.
Escreve.

Gelson Bessa:.

sexta-feira, 3 de junho de 2016

na Alegria e no Prazer

Serei sincero e calmo
Puro e sereno, eu juro
Serei leal e companheiro
Construiremos juntos,
Viajaremos sempre.
Eu lhe darei muitos presentes
Eu te prometo docemente
O meu amor,
Meu bem querer
Quero estar com você!
Na alegria e no prazer
Se vier à escuridão
Nós então nos daremos às mãos.
E parceiros na estrada da vida
Seremos a luz
Por um caminho justo,
Pelas veredas claras
Fiel, amigo, verdadeiro
No meu pensar caboclo
No meu cantar que é pouco
Mas vem de um peito violeiro.
Eu te prometo por inteiro
Sol e luar
Fogo e paixão
Tudo em tão pode ser
No sentir e no saber
Nós iremos trilhar esse chão
Como quem sabe que a direção
Se decide no fundo do peito
Onde mora a razão
Quando o silêncio afaga
Você me abraça mansa
O que é bonito acalma
E faz tão bem pra alma.

Texto/Letra...
(“Juro”, Almir Sater / Renato Teixeira)
Imagem...
(1 trecho de “Lado a Lado”, Gessinger)
Obs:.
(Cabe um “Tranquilo e Calmo” no início)

por Gelson Bessa:

Avaliação de Desempenho

Fazendo bijú ou pondo pinturinhas nas mãos,
Inventando arte, criando coisas, salvando outras,
Desafiando o silêncio de sua casa,
Dando sabor a vida com 4 bocas,
Alimentando outra boca,
Manipulando sua Inclinata,
Fazendo massa, dando forma,
Batendo pernas no mercado,
Seguindo a lista de vento e polpa,
Programando o seu robozinho radioativo 30 L,
 Pilotando a sua máquina espacial Ative! 9k
Ou viajando para palestrar...


(...)
Ela não se descola da elegância.

(*)
Pra não dizer que não teve feedback.
Pra não dizer que não falei de coisas...

(...)
Ou palestrando e encantando
Seguindo o coração.

Gelson Bessa:.

quinta-feira, 2 de junho de 2016

Saudade II

Adoro o teu sorriso ladeado de covinhas (*)
Sorriso próprio de uma belíssima dama,
De uma grande mulher em missão especial.
Mulher que cuida de algo com muito amor,
Responsabilidade e profissionalismo.
E cuidando de algo, cuida de si.

Saudades do teu riso bonito, alegre, doce.
E da tua boca, lindos lábios que adoro ler.

Volte logo, desafiando com tua voz jazzística
O silêncio da minha, tua e nossa casa.

Até lá livre-mente fique tranquila e calma.
Como alguém que nada tem que se preocupar,
Nada deve, nada teme e vive por inteiro.

E tendo a certeza que o maravilhoso de ir
É ter motivo para voltar.

(*)

Prenda minha... É sempre bom te reencontrar.

Gelson Bessa:.