Saudade do ser que me falava de mãos
limpas
Não somente de mãos limpas de caráter e
honestidade
Mas de mãos limpas literais, dos toques
pra vida em texto tátil
De dedos compridos nas teclas, na pele, de
corpo e alma
Dos versos veementemente firmes, da suave poesia
Saudade do ser de boca nervosa, de papos
e prosas
Dos muitos assuntos, de olhos fixos
ouvidos, atenta visão
Das conversas sem fim, das palavras e do
eco da voz
Dos delírios da mente fértil, das fantasias com coisas reais
Da calma no coração, do verbo na carne, do som da poesia
Saudade do ser de cuca sabida e repertórios
vários
Do conduzir e deixar se levar sem se
perder de si mesmo
Da inspiração, de ensinar e de aprender tudo outra vez
De aprender a sentir de novo, de voltar a
escrever poesia
Do ser, do sentir saudade... Do ser, do
viver poesia
(*)
Qualquer dia, eu volto a te (e a me)
encontrar.
Gelson Bessa:.
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